Eu quero a palavra sutil que se infiltre lenta na superfície dos teus cabelos negros,
que te penetre os olhos e os ouvidos e depois, mais rapidamente, avance sobre a tua alma,
depois o fígado, o pâncreas e todos os demais órgãos vitais – quiçá até o coração -
para só então te tocar a mente, mas só então, tão e somente.

12 de março de 2011

EU


como uma corda
que ao invés de pendurar
segura

como uma cobra
que ao invés de escorregar
gruda

assim também sou eu
que ao invés de procurar a luz
me aconchego no breu