Desastrada como sou, deixei-o cair no chão. Não se deixa um troféu cair no chão. A vida muda quando o troféu cai no chão, quando cai da mão. Então, vida mudada, realidade emprestada, resta preencher o vazio da estante com esperança, essa que nem sempre nos torna doces. E é só a pilha começar a se amontoar sobre a estante, que tudo volta a ser como era antes. Mas não se engane ou se esqueça de quem eu era e de quem eu sou: o grande-amor-de-sua-vida da semana que passou. Eu não me esqueço.